A relação entre os médicos e enfermeiros é fundamental para garantir a prestação de cuidados de saúde seguros e de qualidade aos pacientes.
Médicos e enfermeiros têm papéis distintos, mas complementares, nas equipas, e precisam de trabalhar juntos para atingir os melhores resultados possíveis.
No entanto, quando se trata de questões disciplinares, tanto médicos quanto enfermeiros estão sujeitos a regras e regulamentos específicos que governam a sua prática profissional e conduta ética. Essas regras visam proteger os doentes e garantir que os profissionais de saúde mantenham os mais altos padrões de qualidade e segurança.
As regras disciplinares para enfermeiros e médicos incluem questões como ética profissional, comportamento apropriado com os doentes, prática segura e cuidadosa, manutenção de registos clínicos precisos, entre outras.
Quando essas regras são violadas, a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Enfermeiros podem iniciar processos disciplinares que pode resultar em uma variedade de consequências, incluindo aplicar as sanções de advertência, censura, suspensão ou, inclusive, expulsão da Ordem.
A Ordem dos Médicos tem competência para apreciar as condutas dos médicos e a Ordem dos Enfermeiros tem competência para apreciar a conduta dos enfermeiros. Se, porventura, num processo, estejam envolvidos em simultâneo médicos e enfermeiros, extrai-se certidão para ser enviado a ambas as Ordens, de modo a que a questão da competência não seja colocada em causa. Depois, cada ordem irá, de acordo com o seu estatuto disciplinar, apreciar a conduta dos respetivos profissionais.
Apesar de cada Ordem ter competência específica, nada impede que o médico seja testemunha no processo que corre na Ordem dos Enfermeiros, a favor do enfermeiro arguido, assim como o inverso, isto é um enfermeiro ser testemunha no processo que corre na ordem dos Médicos a favor do médico arguido.
É importante que os médicos e enfermeiros trabalhem juntos para garantir que todas as regras disciplinares sejam seguidas e que eles mantenham uma comunicação aberta e transparente entre si para garantir o melhor atendimento possível aos pacientes. Se surgir alguma questão disciplinar, ambos os profissionais devem cooperar plenamente com as autoridades reguladoras e tomar medidas para remediar quaisquer problemas ou deficiências em sua prática profissional.